segunda-feira, 16 de maio de 2011

Agricultura Familiar e Agroecologia são temas da Semana de Alimentação Escolar

A Semana de Alimentação Escolar 2011, acontece entre 16 e 20 de maio, tem como tema Agroecologia e agricultura familiar: a cidadania cultivada em família.  A cartilha já está disponível: Agroecologia e agricultura familiar: a cidadania cultivada em família.

A Semana de Alimentação Escolar constitui importante estratégia para a promoção da alimentação saudável nas escolas.


Criada em 1959 e instituída no Rio de Janeiro por Decreto Municipal em 2003, a Semana de Alimentação Escolar é oportunidade para estimular a integralidade do ensino, a interdisciplinaridade e a promoção da saúde na escola.
Nesta edição, a proposta é fomentar o debate sobre as formas de produção de alimentos no Brasil, valorizando a agroecologia e a agricultura familiar como caminhos para garantir a segurança alimentar e promover o desenvolvimento sustentável. A discussão fortalece a implementação da Lei 11.947, que regulamenta o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e estimula a agricultura familiar, preferencialmente orgânica ou agroecológica.

O objetivo é levantar questões relacionadas à qualidade dos alimentos consumidos atualmente, abordando, entre outras, as seguintes questões:
* Por que as frutas que comemos hoje têm sabor diferente das de antigamente?
* De onde vêm o que comemos?
* Quem planta e como planta?
* Existe apenas um jeito de plantar?
* Existe um jeito certo de plantar?
* A que se propõe cada tipo de agricultura?

>> Saiba mais sobre a Semana de Alimentação Escolar

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Consumo cosciente: ato político, experiência sensorial e muito mais!

A quarta oficina do GT, com o tema Consumo Consciente e Educação Alimentar, aconteceu no INAD – Instituto Annes Dias, que nos acolheu em sua sede. Estiveram presentes 38 pessoas.

O INAD é vinculado à Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e é o responsável, entre outras coisas, pela alimentação escolar.  Iniciamos com uma visita à horta do Inad, guiada por Norma. É uma horta com bastante variedade, com ervas medicinais e também frutíferas e também com um cuidado de ser “ornamental”.

Norma apresentando a horta do Inad, durante oficina


Em seguida, Ciça Roxo e Joca Mesquita, ecochefs do Slow Food Rio, apresentaram a “Educação do Gosto, como uma proposta para o consumo consciente”, fazendo uma degustação como exemplo do trabalho proposto pelo Slow Food.  

Assistidos pelos alunos de gastronomia do IBMR, fizeram uma dinâmica de educação do gosto, para percepção dos sabores doce, salgado e amargo. E também uma degustação de uma cenoura orgânica e outra convencional, ficando visível a diferença no sabor.

Dinâmica de educação do gosto: doce, salgado, amargo, azedo

No link a seguir pode-se baixar dois manuais de educação do gosto para crianças e jovens, preparados pelo movimento Slow Food internacional

O intervalo foi com o lanche agroecológico, possibilitando uma boa alimentação e muita troca entre as pessoas, quer trouxeram os alimentos.Copos e talheres de vidro, nada descartável!

Miriam Langenbach na falando sobre a Rede Ecológica
A apresentação da Rede Ecológica enfatizou a importância do papel dos consumidores numa luta desigual, a compra como um ato politico, um consumo diferenciado que pode acontecer de várias formas. Importante é se recuperar o vinculo com o produto e produtor, o produto tem uma história, tem nome e sobrenome.

Finalizando, o Inad trouxe uma visão da alimentação escolar, os dispositivos legais, a organização que foi acontecendo ao longo dos últimos anos, que possibilitou uma oferta em cinco dias na semana de arroz, feijão, legume/verdura, um tipo de fonte de proteína (carne, peixe, frango, ovo) e fruta; o que significou grandes mudanças em relação ao que havia antes. Também a proibição de vendas de produtos industrializados e pouco saudáveis nas cantinas das escolas. 

Ana do Inad encerrou com uma brincadeira “Pé de que?”em que adivinhávamos frente a imagem de árvores, qual seria a fruta.  

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Hortas em escolas no município do Rio de Janeiro: situação, obstáculos e perspectivas

O grupo da Oficina na horta do Colégio Pedro II - Realengo
  A 2ª Oficina organizada pelo Grupo de Trabalho do Consea-Rio, com a temática “Hortas Escolares”, aconteceu no Colégio Pedro II, em Realengo.

A oficina incluiu uma visita e exposição da experiência em agricultura urbana do Colégio Pedro II, que tem uma horta, experiência de arborização e está implantando um herbário.


 
Elizabete Ribeiro Silva (educadora da rede municipal do Rio de Janeiro e integrante do Nutes - Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde, da UFRJ). Elizabete já implantou uma horta na escola onde trabalha e fez sua dissertação de mestrado sobre esta temática. Ela apresentou um histórico das hortas nas escolas municipais, a ressignificação das hortas no contexto urbano, as contribuições e obstáculos encontrados.





A seguir, Angélica Bueno, da Secretaria Municipal de Educação, coordenadora do Programa Saúde na Escola, que envolve três secretarias do município (Educação, Saúde e Assistência Social), apresentou o programa, sua forma de funcionamento, as ações executadas e temas principais. Sua intervenção permitiu pensar interações com o Grupo de Trabalho Agricultura Urbana e também com o Consea e com a temática de Segurança Alimentar e Nutricional, que foram algumas das questões debatidas.

Um momento muito significativo da oficina foi o lanche agroecológico. Uma preocupação do GT é com a coerência de suas ações e por isso achamos importante que a alimentação em todas as atividades realizadas esteja de acordo com as propostas de Segurança Alimentar e Nutricional, incluindo a preocupação de inclusão de alimentos orgânicos e da agricultura familiar. Nos espaços públicos, este ainda é um desafio. Nas oficinas do GT, para viabilizar a alimentação agroecológica, cada pessoa trouxe sua contribuição. As comidas foram deliciosas, de excelente qualidade em todos os sentidos, sendo um momento de confraternização importante.

Produtos agro-ecológicos em grande parte produzidos pelos próprios participantes da oficina

Grão de trigo germinado

O relatório traz mais detalhes sobre as discussões realizadas.

Compostagem: o lixo orgánico uma grande oportunidade !!!

Grupo que assistiu a 1a Oficina de Compostagem na UFRJ

 A oficina de Compostagem foi a 1ª Oficina do GT Agricultura Urbana e Educação Alimentar aconteceu dia 11/02/2011, foi realizada no Restaurante Universitário da UFRJ.

A Compostagem está no início e no final do “ciclo do alimento”: é o adubo para a terra e o destino final do lixo orgânico. Foi uma oficina bastante procurada, demonstrando o interesse que este tema desperta.
O restaurante Universitário da UFRJ acolheu os participantes em clima alegre e hospitaleiro, além de dar todo o apoio para as inscrições e oferecer um delicioso café da manhã e almoço. Aproveitamos para conhecer a experiência deles, que é bastante rica e pode ser vista no relatório da 2ª Reunião do GT.
Três experiências foram apresentadas:
- Revolução dos Baldinhos, da Ong Cepagro, de Florianópolis (Marquito, Rosilene e Maicon)
- do Núcleo de Educação Ambiental – Nea - 10ª Coordenadoria Regional de Educação – Secretaria Municipal de Educação (Álvaro Madeira)
- da Horta Comunitária do Anil  (Rubens e Dirce), que está integrada ao Projeto Hortas Cariocas – Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura  (Júlio Cesar)

Marquito, Rosilene e Maicon expuseram a experiência da Revolução dos Baldinhos. Veja abaixo um vídeo disponível no You Tube com uma entrevista de Marquito na comunidade onde desenvolveram o projeto.
 

Fizeram uma demonstração do método de compostagem utilizado por eles em Florianópolis, que possibilita reaproveitar todo o lixo orgânico (eles compostam até animais mortos!). Na comunidade onde eles atuam atualmente mais de 80 famílias separam o lixo orgânico, que é recolhido 3 vezes por semana. Com isso, diminuiram em muito os problemas com ratos. É uma compostagem “aeróbica” (por isso a ventilação é muito importante) e que esquenta muito o material, ajudando a matar muitos microorganismos maléficos. Veja a sequência das fotos:

Uma base feita de galhos grandes é importante para aerar bem a composteira

Apos colocar os galhos e envolver com o capim seco, pisar sobre para firmar bem

Colocar capim seco por cima dos galhos, e cerragem

Apos colocado o lixo orgânico, cobrir com mais cerragem (em flocos para aerar bem) e um pouco de humus pronto para inocular


Ao final cobrir tudo com capim seco, camada grande.


  É bem diferente do minhocário, que só utiliza cascas e não pode esquentar, porque mata as minhocas.

A riqueza da terra produzida a partir de lixo orgânico (FONTE: CEPAGRO)

O Marquito, do CEPAGRO, nos enviou uma apostila explicativa dos passos do método de compostagem utilizado por eles. Ela foi feita para o banheiro seco (que eles também divulgam), mas o princípio é o mesmo. 


Clique no link para baixar: http://www.4shared.com/folder/MiQGhiLa/arquivos_para_compartilhar.html

Após a apresentação prática do composto, em uma conversa muito rica, o pessoal do Cepagro contou como o projeto começou, como se dá a relação com a comunidade, a luta deles para conseguir que a prefeitura pague pelo lixo que eles reciclam.

Em seguida, Álvaro Madeira, do Núcleo de Educação Ambiental da 10ª CRE, fez uma exposição sobre os diferentes métodos de compostagem e apontou um conjunto de possibilidades para fazer o composto nas escolas. Ele desenvolveu uma metodologia que permite fazer o mesmo método de composto

Depois foi a vez da Horta Comunitária do Anil expor sua experiência – Rubens e Dirce. Júlio Cesar, que trabalha no Hortas Cariocas – Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura expor também um pouco do trabalho realizado.
Seguiu-se um debate sobre as possibilidade existentes. O relatório, disponível para baixar no link "ARQUIVOS DO GT" acima, traz mais detalhes sobre as discussões realizadas, bastante ricas
Duas participantes da oficina fotografaram e documentaram os passos para a elaboração do composto: a Mônica Caetano, que colocou um relato da Oficina de Compostagem no blog do Grupo Santa Horta:  http://santahorta.blogspot.com/2011_02_01_archive.html

 E Ana Lemos, do Grupo “Do meu lixo cuido eu”, de Niterói, que também encaminhou ao Grupo dicas para conseguir mais informações:

Olá Amigos do Gt Agricultura Urbana, Consea Rio,
Encaminho para o Grupo o relato que formatei com fotos da Oficina do marquito "A revolução dos Baldinhos”.< http://www.4shared.com/document/yUEeV0pd/Texto20-20Compostagem2020-20A2.html   

E segue também endereço do Movimento "Do Meu lixo Cuido Eu" de curitiba, eles tem propostas bem legais como o Canteiro por Capilaridade, e Lixeira Viva que é do tipo da Minhocasa.  Eles disponibilizam o passo a passo das proposta para quem quiser replicar em oficinas inclusivas.  http://domeulixocuidoeu.wordpress.com




terça-feira, 3 de maio de 2011

Aproximando o mundo escolar e a agricultura urbana

O Mapeamento da Agricultura Urbana e Educação Alimentar, feito pelo Consea-Rio, apontou que existe uma grande riqueza de açoes no município.
Percebeu-se uma oportunidade de aproximar o mundo escolar e a agricultura urbana, para que crianças e jovens possam conhecer a origem dos alimentos que consomem e compreender o ciclo da alimentação.

Como desdobramento do mapeamento, foi formado o Grupo de Trabalho em Agricultura Urbana e Educaçao  e foram propostas, para o 1º Semestre de 2011, um conjunto de cinco oficinas, cada uma realizada num diferente local:
 – Compostagem (fev)
 – Hortas e Educação - as hortas escolares no Município do Rio de Janeiro (mar)
 – Alimentação Escolar, Educação Alimentar e Consumo Consciente (abr)
 – Agricultura Urbana (mai)
 – Políticas públicas (jun)

As oficinas têm o objetivo de  favorecer a troca de experiências, incentivar a articulação destas experiências de agricultura entre si e com as escolas, identificar os pontos fortes e os gargalos das iniciativas existentes.
Na 5ª oficina, vamos sistematizar os aprendizados das oficinas anteriores, indicando os pontos fortes, oportunidades  e os gargalos existentes e identificando propostas de ações e políticas públicas que possam fortalecer e multiplicar estas iniciativas. Destas oficinas serão tiradas propostas propostas para o trabalho do GT no 2º Semestre e também propostas para serem encaminhadas à III Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, que acontecerá 27 e 28 de julho de 2011 http://consea-rio.blogspot.com/2011/04/decreto-da-3-comsan-rio.html, Este ano também haverá a IV Conferência Nacional de segurança alimentar e nutricional http://consea-rio.blogspot.com/2011_02_01_archive.html .  

Até o momento, foram realizadas três oficinas:
Quem tiver interesse em conhecer mais sobre o Grupo de Trabalho, clicar em:

Proposta para o Grupo de Trabalho (jan/2011) –Proposta para constituição do Grupo de Trabalho, inlcuindo Objetivos, Proposta para as oficinas, Convidados para o GT
1ª Reunião do Grupo de Trabalho (jan/2011) – Apresentação e discussão da proposta para o GT, apresentação dos participantes.
2ª Reunião do Grupo de Trabalho (fev/2011) – Apresentação das experiências que compõem o grupo de trabalho e das propostas de trabalho para o 1º semestre.


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Conheça as hortas urbanas e outras soluções locais de segurança alimentar e nutricional do município do Rio de Janeiro... quase 200 iniciativas!!!

A agricultura urbana, ou seja, as iniciativas de produção de alimentos na cidade e no seu entorno, são atividades que precisam ser mais conhecidas e valorizadas. Elas produzem alimentos para complementação alimentar e melhoria da nutrição da população, podem fornecer plantas medicinais e gerar empregos.

Com a preocupação de saber o que existia de agricultura no município do Rio de Janeiro o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional - Consea-Rio está fazendo um mapeamento das iniciativas existentes, que abrange um conjunto de iniciativas que estão em consonância com os preceitos de Segurança Alimentar e Nutricional. Foram incluídas experiências que se referem ao ciclo do alimento como um todo, que se inicia com a produção, passa pelo consumo consciente, pela culinária e termina com a compostagem.

O Mapeamento de Agricultura Urbana mostra que existe no município do Rio de Janeiro uma grande riqueza de iniciativas, tanto do poder publico quanto da sociedade civil, que estão isoladas entre si e têm pouca visibilidade pública.

Até março de 2011, quase duzentas iniciativas haviam sido identificadas, abrangendo diferentes tipos de hortas (escolares, comunitárias , institucionais, medicinais), agricultores, quintais urbanos, inciativas de incentivo ao consumo consciente e educação alimentar (feiras, compras coletivas de produtos orgânicos, trabalhos educativos com culinária), hortos e agroflorestas, grupos de assessoria, pesquisa e formação.

Para  visualizar uma lista das iniciativas mapeadas clique aqui.
Para baixar uma listagem completa, clique aqui.

Na parte superior do blog tem uma pasta onde se pode ir diretamente para o mapeamento. Este mapeamento está sendo permanentemente atualizado e periodicamente as novas versões serão disponibilizadas no blog.